13/07/11

O mesmo, eu

De cada vez que leio textos antigos - aqueles que cheguei a esquecer de os ter esquecido - é como se nunca os tivesse escrito. E identifico muita coisa que se ausentou do que agora escrevo. São estranhos, rostos não reconhecidos por força de uma qualquer doença da memória. Talvez os valorize em demasia, mas parece-me que tudo o que ganhei, o que foi afinado, não está à altura de alguma ingenuidade lírica que por vezes era   quase certeira. O cinismo nem sempre compensa.

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