25/02/11

Ritmos

Há muitos romances que começam com um ímpeto que se vai esbatendo lentamente, até que comecemos a duvidar da primeira impressão que tivemos. Não sei bem se a razão terá a ver com o investimento que o escritor faz nessas primeiras palavras ou com o entusiasmo de leitor que enfrenta uma nova leitura. Suspeito que será um pouco das duas coisas. Mas poderá haver uma terceira razão: o ritmo de um livro varia, em alguns casos, bastante, e a verdade é que o esmorecimento passadas algumas páginas pode ser passageiro. E quantos são os livros lidos que deixam uma marca indelével como resultado de um final imparável, demolidor? Nenhuma leitura é absoluta, e portanto nenhum juízo crítico deverá ser definitivo. Mas há quem não entenda isso.

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